quinta-feira, 20 de maio de 2010

Anos Metamorfos

Foram anos de um pequeno ovo
Areia em meus olhos
Quando tudo fugiu lentamente
Prolongando meu grito desesperado
Minha voz se foi,
Meu rosto caiu do horizonte
Como um boneco desarticulado
E meus olhos ficaram paralisados.

Mas ilusões nem sempre nos ferem
E pude renascer de uma farsa forjada
Humanos e humanos...
Por anos numa redoma estranha
Em constante movimento
Estados conturbando meus pensamentos
E marcando meu rosto
Até que meus olhos desfigurados pudessem renascer;

Esta é a canção
Este é o Sol que nem sempre está distante
Esta é a história
Esta é a pele recomposta como cobra
Este é o desejo
Este é o doce que pôde contorcer meus lábios
Este é o ar
Este é o corte de uma navalha de ouro.

Um violino tranquilizante entorpece meus sentidos
E um anjo subversivo entorpece meus sonhos.
E posso matar com a beleza de causar lágrimas
E posso ressucitar com vinho as belas rosas desistentes.

A corrente sanguinea corre, agitada
Olhar num canto encontrado
Agora onde está? Sempre procurado.
Consciente do começo e prolongando o antigamente
Com cortes, vida e morte.
Em encontoros atiçando os neurônios
No sonho e nos beijos
Estica a corda Fênix
Acena para correr como um louco
Desesperado, eu quero brilhar eternamente.

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